Nintendo aposta em estratégia diferenciada para o Switch 2 no Japão

Chegamos à semana mais esperada pelo nintendista em 2025. O momento tão sonhado finalmente se concretiza: o Switch 2 chega oficialmente no dia 5 de junho. A expectativa é global, mas a Nintendo está focando especialmente em seu mercado natal, e para isso, está adotando uma estratégia de vendas inusitada no Japão.

Segundo informações apuradas pela Bloomberg, a Nintendo definiu uma política de distribuição diferenciada para o novo console: os lojistas japoneses terão uma margem de lucro maior com cada unidade vendida: cerca de 5% por unidade, acima do padrão informal da indústria, que gira em torno de 2%. A ideia é incentivar o destaque do console nas prateleiras físicas e garantir um lançamento forte no país.

Essa decisão beneficia especialmente as lojas físicas, que enfrentam margens apertadas com consoles e dependem da venda de jogos e acessórios para compensar. Com o aumento dos jogos digitais e a redução de investimentos de fabricantes de acessórios em distribuição física, esse modelo tradicional está sendo desafiado.

Dessa forma, a Nintendo busca reconquistar o interesse dessas redes varejistas, garantindo mais visibilidade e espaço ao Switch 2 nas lojas ao longo do ano. Grandes cadeias como a Yodobashi Camera já sinalizam entusiasmo com o console, enquanto outras, como a Bic Camera e a Yamada Denki, preferiram não comentar.

Além disso, o Switch 2 terá preços diferentes no Japão e no exterior. No país asiático, o console será vendido por ¥49.980 (aproximadamente US$ 350), em uma versão com uso restrito ao território japonês. Já no restante do mundo, o preço sugerido será de US$ 450.

A expectativa da Nintendo é ousada: vender 15 milhões de unidades até março de 2026, podendo ultrapassar os 20 milhões, dependendo da capacidade de produção. As lojas japonesas, por sua vez, já solicitaram o máximo possível de unidades, antecipando uma alta demanda logo no lançamento.

Essa valorização dos pontos físicos reforça a filosofia da empresa em manter múltiplos pontos de contato com o público — seja nas lojas, nos parques temáticos ou nas tradicionais cartinhas de download vendidas em lojas de conveniência no Japão.

Com esse plano arrojado e voltado para fortalecer o varejo local, tudo indica que o Switch 2 terá um início promissor em solo japonês, abrindo caminho para mais um ciclo de sucesso da Big N.

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